O treinador Ruben Amorim disse hoje que fica no Sporting até ao final da época, "aconteça o que acontecer", mas assumiu, em Alcochete, estar desejo da interrupção do campeonato durante o Mundial de futebol do Qatar.
"Até ao fim do ano [época], aconteça o que acontecer, eu não vou abandonar os rapazes e vou assumir isto, porque nenhum treinador deve vir para aqui sem estar pensado com o projeto", concluiu o técnico, em conferência de imprensa, na Academia Cristiano Ronaldo.
Amorim respondia a uma questão sobre a probabilidade de ainda ser treinador do clube quando disputar a Liga Europa, em fevereiro, e sustentou a sua posição com a vontade de "mostrar que o clube está primeiro".
"Seria muito fácil para mim dizer [que] eu vou sair, [porque] os resultados não são bons, [mas] no que é que isso ajudava o clube? Vinha para aqui alguém que não estava pensado, criava instabilidade, abandonava os meus jogadores numa fase difícil para eles. Até ao fim da época não há mais conversa sobre isso. Fiquemos em 10.º, em 11.º [lugares], eu ficarei cá e assumirei as minhas responsabilidades", vincou o treinador.
Depois, perante a insistência no tema e o pedido para comentar uma proposta de renovação de contrato que tem sido noticiada nas últimas semanas, voltou a remeter uma decisão para uma fase mais tardia da temporada e assumiu a vontade de parar para refletir em tudo o que o rodeia.
"Eu não queria estar a falar sobre isso, porque eu preciso da paragem. Volto a dizer, preciso da paragem para pensar também em tudo, porque eu sou o responsável pela equipa e só a equipa é que pode mudar este momento do Sporting", admitiu.
Antes, já Amorim tinha expressado a vontade de chegar à interrupção do campeonato durante o Mundial, mas para trabalhar a sua equipa no sentido de dar "um passo em frente", recusando a ideia de voltar à forma de jogar mais defensiva e de exploração das transições ofensivas utilizada na época da conquista do título, em 2020/21.
"Não tenho problemas nenhuns em admitir que estou desejoso de que venha a paragem e nós não vamos dar passos atrás. Não faz sentido, só vai criar insegurança nos jogadores. Temos de dar um passo em frente, melhorar esta forma de jogar", apontou.
O treinador do Sporting abordou as questões da sua continuidade no clube durante a conferência de imprensa de antevisão da partida frente ao Vitória de Guimarães, da 12.ª jornada da I Liga de futebol.
Os ‘leões’, sextos, com 19 pontos, recebem os vimaranenses quintos, com 20, no sábado, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, numa partida com início marcado para as 20:30 e arbitragem de Manuel Mota (AF Braga).
Lusa