O escritor Pedro Chagas Freitas teve hoje ‘casa cheia’, no âmbito da Semana da Cultura da Ribeira Brava, onde começou por falar da relação de proximidade que tem com a Madeira. Segundo disse, a ilha é um dos locais que também procura para escrever.

O autor de ‘Prometo falhar’, com um milhão de seguidores nas redes sociais, procurou uma conversa informal com o público, a quem lançou o desafio de se libertarem do medo do escrutínio.

“O medo faz-nos avançar e não faz bem ser refém da opinião alheia”, afirmou, pedindo uma plateia ativa, com perguntas e sem medo do julgamento de terceiros.

Chagas Freitas admite que quanto mais visível está, mais facilmente é criticado com comentários negativos, pelo que, para ele, a opinião dos outros é subjetiva. “Não perco tempo com quem critica sem fundamentos, com argumentos rasos baseados em coisas soltas”, sustentou.

Não nega, contudo, que no início de carreira os primeiros comentários negativos fizeram-lhe confusão, algo que reverteu de forma positiva, concluindo que “um caminho linear é um tanto aborrecido, ao contrário de uma estrada irregular que torna o percurso mais desafiante”.

Na conversa, moderada por António Macedo Ferreira, disse que tem recebido mensagens de leitores que o sentem como uma inspiração e um exemplo para também escreverem. Porém, segundo o escritor, muita gente escreve com a intenção de vender muito, em vez de ser fiel à sua intuição.

Sobre o êxito de vendas de ‘Prometo Falhar’, contou que numa fase inicial foi-lhe dito pela editora que seria um “garantido fracasso comercial”. Mesmo assim, decidiu lançá-lo e acabou por ser um sucesso de vendas em poucos dias.

Quanto aos títulos dos livros, disse que são sobretudo escolhidos pela honestidade que transmitem sobre as histórias e para que haja alguma mística sem revelar o enredo. Na escrita diz que se encontra consigo próprio e que não sabe ao certo o propósito que o move. O mais importante, garante, é o amor pelo que faz, por quem gosta e por quem o lê.