Uma exposição de trabalhos realizados por crianças deu início hoje à Semana Popular e Tradicional da Ponta do Sol. Presente na inauguração, Eduardo Jesus enalteceu a iniciativa que visa cativar os mais novos para a etnografia e para o folclore.
Trata-se, segundo o secretário regional do Turismo e Cultura, de "um trabalho de valor".
"Não podemos permitir que os nossos hábitos, os nossos costumes, as nossas tradições possam sofrer alterações por facilidade de quem promove cultura", disse o governante.
Reconhecendo o desafio que representa educar crianças e promover junto delas o conhecimento popular, numa época em que os mais novos são atraídos para muitas outras atividades, Eduardo Jesus considerou extraordinária a escolinha dedicada ao folclore e aos costumes de antigamente.
"A experiencia de fazer uma joeira, um balão ou um grilhinho deixa uma memória diferente à criança", considerou.
O vice-presidente da autarquia, Sidónio Pestana, também realçou a importância da atividade promovida junto dos mais novos, numa perspetiva de futuro.
"A renovação é importante para dar continuidade ao folclore e à etnografia", disse o autarca dando os parabéns aos promotores da iniciativa e garantido o apoio da autarquia a este tipo de atividades.
António Vale, da Associação de Folclore, agradeceu às coordenadoras da Escolinha de Folclore da Ponta do Sol e salientou a importância de um trabalho que cativa os mais novos, numa fase em que, ao contrário dos adolescentes, não há a questão da vergonha. "Aos 12, 13 anos, é difícil. Aos 4, 5, 6 anos, não há vergonha ", reconheceu.
A exposição 'Ah... Isso era do meu tempo' deu início à Semana da Cultura Popular e Tradicional da Ponta do Sol e estará patente até ao próximo dia 29. Reúne trabalhos de 23 crianças, sendo que pela Escolinha já passaram mais de seis dezenas de miúdos.
Sábado, dia 26, realiza-se o 31.º Festival Internacional de Folclore, com a participação de grupos de Espanha, República Checa, Lituânia, Roménia, Portugal (Matosinhos) e Madeira.
Iolanda Chaves