Abriu hoje portas o estúdio de artes performativas ‘Artística’, localizado no edifício do Quartel dos Bombeiros da Calheta, um projeto privado que Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal, considera que "fazia muita falta" ao concelho.
"A Calheta tem muito talento e está à vista de todos. (...) E nós, entidades públicas, temos o dever de promover e incentivar o nosso talento", explanou o autarca, incentivando os jovens locais a visitarem o novo espaço.
A inauguração do estúdio contou também com a presença de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, que realçou o facto de este projeto ser "arrojado, mas importante" para os calhetenses terem acesso às artes. Para o chefe do Executivo madeirense esta é uma iniciativa com "grande mérito" para "descentralizar a cultura".
Dirigindo-se a Carlos Teles, o governante apelou à criação de incentivos, especialmente para a juventude. "Acho que a Câmara tem a possibilidade, apesar de ser um projeto privado, de criar apoios para que os jovens da Calheta frequentem aqui as aulas de dança, teatro e canto", apontou.
Por seu turno, Michelle Stapelberg Caires, responsável pelo estúdio, começou por recordar como "era difícil há 20 anos" ser bailarina ou coreografa, "numa ilha que só vivia de turismo".Começou por dar aulas no Paul do Mar e, após 15 anos de carreira e sempre determinada a seguir a sua convicção, a professora e bailarina conseguiu hoje realizar "um grande sonho": abrir um estúdio de artes performativa.
"Tenho imenso orgulho de chamar Calheta o meu lar (…) orgulho-me em ver o seu progresso ao longo dos últimos anos. Tenho o objetivo de fazer parte desse progresso, desenvolver a arte e oferecer a esta comunidade novos horizontes. Estou confiante de que tanto eu como a minha equipa maravilhosa de professores iremos trazer magia a este concelho porque, afinal, nós somos contadores de histórias", concluiu.