Milhares assistem a concerto na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia
O concerto “Venezuela Live Aid”, convocado pelo bilionário Richard Branson, já está a decorrer em Tienditas, junto ao posto fronteiriço entre a Venezuela e a Colômbia, com milhares de espetadores a assistir ao evento.
Organizado com o propósito de apoiar a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e também o autoproclamado Presidente desse país, Juan Guaidó, o megaconcerto começou com a artista venezuelana Reyna, que provocou a histeria no público quando disse que o país “é muito mais que o petróleo”.
Os espetadores gritavam “Liberdade” e “o Governo vai cair”, vestidos de branco e segurando bandeiras daquele país, reunidos em frente ao palco montado junto da fronteira de Tienditas, que está bloqueada pelo exército venezuelano há duas semanas.
“É fascinante ver estas milhares de pessoas aqui no concerto. Vai ser um dia mágico, para construir pontes de esperança”, disse o organizador britânico em conferência de imprensa.
O fundador da editora Virgin Records explicou que o evento, no qual são esperadas várias estrelas internacionais, tem o propósito de angariar doações através da Internet para comprar comida e medicamentos para os venezuelanos, devido à grave crise económica e graves carências que passam.
“Não estamos aqui para abrir um canal humanitário, mas porque amanhã seremos livres”, afirmou o cantor venezuelano Carlos Baute, exilado em Espanha, referindo-se à promessa de Juan Guaidó de que no sábado toda a ajuda humanitária entraria no seu país.
Além de cantores, o evento conta também com a presença do Presidente da Colômbia, Ivan Duque, e também dos homólogos do Chile, Sebastian Pinera, e do Paraguai, Mario Abdo, na sessão de encerramento.
“Este concerto é uma grande ajuda e este tipo de iniciativas é necessária para que o governo da Venezuela abra os olhos”, declarou à agência France Press Wendy Villamizar, uma venezuelana de 32 anos que assiste ao espetáculo.
Do outro lado da ponte que divide a Colômbia e Venezuela, as preparações para um concerto de três dias anunciado pelo governo de Nicolás Maduro prosseguiam, embora poucos dados tenham sido fornecidos sobre o mesmo. Esses locais estavam sob grande vigilância de soldados e nenhum espetador foi avistado pelos jornalistas da agência noticiosa France Presse.
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