EUA ponderam mais sanções para pressionar Maduro

Lusa

O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse esta terça-feira que os EUA ponderam “sanções adicionais” para pressionar o governo venezuelano de Nicolas Maduro.

Na segunda-feira, os EUA já tinham colocado restrições na aquisição de petróleo venezuelano, sancionando a empresa petrolífera estatal, PDVSA, e a sua subsidiária em território norte-americano, a Citgo.
Agora, o governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, admite sanções adicionais “para garantir a proteção de ativos do país para o povo da Venezuela”, afirmou hoje Steven Mnuchin, em declarações à estação televisiva Fox News.
“Sem dúvida que estamos a tentar cortar fundos para o regime de Nicolas Maduro, que não deveria estar no poder”, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano.
O governo de Donald Trump já entregou também o controlo das contas bancárias venezuelanas nos Estados Unidos a Juan Guaidó, o autoproclamado Presidente interino da Venezuela.
Em resposta, Nicolas Maduro acusou os EUA de, com estas atitudes, estarem a liderar um “golpe de estado”, considerando as sanções "ilegais e unilaterais".
"Os EUA hoje decidiram tomar o caminho de querer roubar a empresa CITGO [petrolífera subsidiária da PDVSA nos Estados Unidos] à Venezuela e é um caminho ilegal", disse Maduro, sobre as sanções impostas na segunda-feira.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.