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Emigrantes pedem ‘aperto’ ao Governo

JM-Madeira

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Data de publicação
09 Junho 2021
10:43

Lesados do BES pediram a Marcelo para que pressione o Governo a dar continuidade ao Plano de Recuperação de créditos.Esperança e confiança. Sentimentos que Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu aos emigrantes lesados do BES na reunião que decorreu logo após a aterragem no Aeroporto Internacional da Madeira.

Ao JM, Janett da Silva, que reuniu com o chefe de Estado em representação da Associação de Lesados Emigrantes da Venezuela e África do Sul (ALEV) deu conta dessa disponibilidade de Marcelo.

“Reunimos às 23 horas com o presidente da República, logo que chegou do aeroporto foi até ao hotel onde estávamos a aguardar que chegasse, numa sala que já estava preparada para nós”, descreveu.

Após elogiar a postura de Marcelo, de prontidão, a representante fez um apelo.

“Na reunião pedimos ao Presidente para fazer pressão porque já estamos há ano e meio num silêncio total, nada, nenhuma reunião”, lamentava.

Até que finalmente surgiu uma luz ao fundo do túnel.

“Ontem, finalmente houve uma reunião entre duas pessoas representantes do Governo e as associações dos lesados. Dessa reunião surgiu a disponibilidade do Governo de criar os grupos de trabalho que é o que se segue agora”, contou.

Momento que os emigrantes consideram fulcral para dar continuidade ao processo que fará com que a diáspora consiga reaver o seu dinheiro.

“É o que queremos e isto foi o ponto mais importante. Precisamos do presidente para fazer pressão para que estes grupos de trabalho sejam criados. Já é hora de os termos”, reivindicou. Janett da Silva deu ainda conta de que Marcelo “já tinha conhecimento de basicamente tudo do que tem vindo a acontecer a nível de reuniões entre Governo e associações”.

Após pedirem a Marcelo que pressionasse o Governo da República, outro assunto surgiu na agenda da ALEV. “Perguntámos também ao Presidente da República se tinha conhecimento do parecer do Banco de Portugal, porque nunca mais nos disseram nada”, apontou.

“O Fundamental agora é a criação de grupos de trabalho e tentar avançar com o parecer do Banco de Portugal”, considera.

A concluir, Janett da Silva descreveu uma reunião que “foi muito agradável”.

“Acho que o presidente vai apoiar-nos sempre que for necessário”, rematou.

Ano e meio de silêncio

Reunião virtual

Apesar de ténues, segunda-feira, foram dados mais alguns passos neste processo que se arrasta há algum tempo.

“As associações de lesados e dois membros do Governo reuniram de forma virtual para fazerem um ponto da situação”, descreveu Janett da Silva da ALEV.

“Dessa reunião pouco resultou. Claro que as associações mostram-se realmente indignadas porque nesta altura ainda estamos a fazer um ponto da situação. Já houve comissão de peritos, tanta coisa e só agora voltam a fazer um ponto da situação”, denunciou também.

A espera iniciou-se a 9 de dezembro de 2019, altura em que o relatório da comissão de peritos foi entregue. Ano e meio, exatamente.

“Para janeiro [após o relatório de dezembro de 2019] íamos criar os grupos de trabalho e dar continuidade. Em janeiro não tínhamos o vírus, não tínhamos o problema da pandemia, em fevereiro também. A pandemia iniciou-se em março, mas entre janeiro e fevereiro não houve sinal nenhum para nos sentarmos e dar continuidade”, lamentou Janett da silva.

Após isso chegou a pandemia e defende a representante da ALEV, surge “a desculpa perfeita”. “Já estamos em junho, já passou ano e meio desde que a comissão de peritos entregou o relatório final e ninguém tinha dito nada. Ontem decidiram fazer um ponto da situação. Não faz sentido, pensávamos que o Governo ia dar alguma notícia, fosse boa ou má”, considerou.

Para a lesada, “a situação da pandemia atrasou o processo mas não é, digamos, o principal motivo para ser travada a continuidade que deveria ter tido” o processo de recuperação de créditos.

Por Marco António Sousa

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