A Polícia de Segurança Pública registou 3.127 acidentes rodoviários em 2022, um número que continua a causar "muita preocupação" devido ao elevado registo de "mortes e feridos graves" na sequência dos 888 acidentes com vítimas, disse esta manhã o superintendente Luís Simões, comandante da PSP Madeira. Neste ano, morreram 15 pessoas na estrada.

O ano de 2022 voltou a registar um aumento de acidentes e vítimas relativamente ao ano de 2021, mas atingiu números menores do que 2019, ano de referência por não existirem as restrições da pandemia.

Tal como referiu há cinco anos, Luís Simões considera muito "elevada a sinistralidade" para a realidade da Madeira, que se mantém mais alta do que a média europeia e do que o continente. Porém, acredita que, com proatividade da Polícia, os números vão baixar.

O excesso de velocidade, a condução sob efeito do álcool e as distrações do condutor são as principais causas dos acidentes, que continuam a ter nos despistes e atropelamentos as vítimas mais graves. Os motociclistas continuam a ter uma percentagem elevada de mortes e feridos graves, tal como os atropelamentos, que são mais de 12% dos feridos e 20% dos óbitos na estrada.
A PSP fiscalizou quase 70 mil veículos, fez mais de 15 mil testes de alcoolemia, realizou 1.041 processos crime por condução sob efeito do álcool, tendo um aumento de 197% relativamente ao ano de 2019. Estas detenções e processos crime foram realizados em flagrante delito. Foram ainda detidos mais 825 condutores em estado embriaguez .

Outro facto preocupante é que 10% dos condutores fiscalizados apresentaram uma taxa superior àquela que é legalmente admitida.

Refira-se também que, em 2022, foram registados menos sete feridos graves. Contudo, aumentaram as vítimas de acidentes face a 2021, apesar de ser um número menor do que 2019, ano do acidente do autocarro no Caniço.

Paulo Graça