O JM confirmou que o emigrante português, Gilberto Alegra da Cruz Clemente, 79 anos, casado, faleceu em consequência da mordedura de uma cobra.
Um amigo da família disse que a vítima foi atacada por um ofídeo sem mencionar qual o tipo, quando se encontrava em vilegiatura, numa estância de férias, situada na província sul africana do Kwazulu-Natal.
O emigrante doi conduzido ao hospital mais próximo e submetido a uma intervenção cirúrgica, mas acabou por perecer.
Num universo de 5,4 milhões de pessoas mordidas por cobras anualmente, há 2,7 milhões de envenenamentos, sendo que destes, entre 81.000 e 138 000 morrem em consequência dos envenenamentos. O número de amputações atinge o triplo o que é significativo.
No continente africano estima-se que esteja entre 435.000 e 580.000 o número de mordidelas anuais que requerem tratamento prolongado. Convenhamos que mordeduras de ofidíos, podem afetar o sistema respiratório, provocar hemorragias , danificar os tecidos e causar danos irreversíveis na função renal.
Gilberto Alegra da Cruz Clemente, nasceu em São Paio, Gouveia e era casado com a engenheira química, Albina da Conceição Matos Sampainho Alegra Clemente pessoas de renome na fabricação especializada de materiais de construção e muito estimado no seio da comunidade portuguesa e sul-africana tendo recebido vários prémios e galardões.
Prestou auxílio inestimável e de grande solidariedade a vários compatriotas que abandonaram Angola por altura da descolonização fazendo tudo para minorar as débeis condições físicas e psicólogicas em que se encontravam.
José Luís da Silva, correspondente em Joanesburgo (África do Sul)